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Ratan Tata, dono da Land Rover, deixa herança para cão, cozinheiro e mordomo

Ratan Tata, renomado magnata indiano e ex-presidente do conglomerado Tata Sons, faleceu em outubro de 2024, aos 86 anos, deixando um legado que vai além dos negócios. Conhecido por transformar a Tata em uma potência global, com marcas como Jaguar Land Rover sob seu comando, ele também surpreendeu ao incluir em seu testamento beneficiários inusitados: seu pastor alemão, Tito, seu cozinheiro, Rajan Shaw, e seu mordomo, Subbiah. A herança, estimada em cerca de US$ 14 bilhões (aproximadamente R$ 80 bilhões), reflete a generosidade e o apego de Tata por aqueles que o acompanharam em sua vida pessoal.

Tito, o cão de estimação de Tata, terá seus cuidados garantidos pelo cozinheiro Rajan Shaw, que recebeu a responsabilidade de zelar pelo animal. Segundo o jornal The Times of India, Tata estipulou que Shaw, de 55 anos, continue a cuidar de Tito, que já enfrenta problemas de saúde, assegurando “cuidados médicos ilimitados” para o pastor alemão. Além disso, Shaw e Subbiah, o mordomo de longa data, foram agraciados com uma parte significativa da herança, incluindo propriedades e ativos financeiros, embora os valores exatos não tenham sido divulgados. A decisão destaca a lealdade de Tata aos seus funcionários mais próximos, que o serviram por décadas.

O testamento também beneficia a Fundação Ratan Tata, destinada a projetos médicos e educacionais, e sua família, incluindo o meio-irmão Jimmy Tata e as meias-irmãs Shirin e Deanna Jejeebhoy. No entanto, rumores de que Tata teria deixado toda a sua fortuna para seu assistente, Shantanu Naidu, foram desmentidos pela Tata Trusts. “Estamos cientes de rumores recentes circulando sobre a saúde de Ratan Tata e sobre supostas nomeações ou legados em seu testamento. Gostaríamos de esclarecer que essas afirmações são infundadas e não refletem a realidade de seu testamento ou decisões”, afirmou a organização ao Hindustan Times. Naidu, que tinha uma relação próxima com Tata, não foi mencionado como herdeiro principal.

A inclusão de Tito, Shaw e Subbiah no testamento gerou grande repercussão, com muitos elogiando a humanidade de Tata. Sua trajetória como líder da Tata Sons, entre 1991 e 2012, foi marcada por aquisições históricas, como a da Jaguar Land Rover em 2008, mas sua simplicidade e compromisso social sempre o distinguiram. Tata, que nunca se casou e não teve filhos, tratava seus funcionários e animais de estimação como família, um reflexo de seus valores. Conforme reportado pelo Estadão, esse gesto reforça a imagem de um homem que, mesmo no auge do poder, priorizou laços pessoais e causas humanitárias.