A série O Eternauta, adaptação da icônica história em quadrinhos argentina de Héctor Germán Oesterheld e Francisco Solano López, estreou na Netflix em 2025 e rapidamente conquistou o topo das mais assistidas. Ambientada em Buenos Aires, a trama mistura ficção científica, suspense e drama, acompanhando Juan Salvo em uma luta pela sobrevivência após uma nevasca mortal que dizima a população. Com uma narrativa envolvente, a produção argentina tem cativado públicos globais por sua qualidade e fidelidade à obra original.
A história começa com uma tempestade de neve que libera flocos letais, matando quase todos que entram em contato. Juan Salvo, um homem comum, lidera um grupo de sobreviventes contra forças alienígenas que controlam a catástrofe. A série mantém o espírito da HQ, publicada entre 1957 e 1959, mas atualiza elementos para o público moderno, com efeitos visuais impressionantes e uma trama que explora temas como resistência, esperança e sacrifício. A produção, dirigida por Bruno Stagnaro, é elogiada por sua capacidade de equilibrar ação e emoção.
A escolha de Buenos Aires como cenário reforça a autenticidade cultural da série. Locais icônicos, como o estádio do River Plate, aparecem em cenas marcantes, conectando a narrativa à identidade argentina. O elenco, liderado por Ricardo Darín como Juan Salvo, entrega atuações poderosas. Darín, conhecido por filmes como O Segredo dos Seus Olhos, traz profundidade ao protagonista, enquanto Carla Peterson e Claudio Tolcachir complementam o grupo de sobreviventes com atuações intensas e humanas.
A crítica tem destacado a relevância dos temas abordados. “O Eternauta fala sobre a luta contra forças maiores, sejam elas políticas, sociais ou cósmicas”, disse Stagnaro em entrevista. A série ressoa com o contexto histórico da Argentina, refletindo a resistência contra regimes autoritários, como na época em que a HQ foi escrita. A mensagem universal de união e resiliência faz a produção transcender fronteiras, atraindo espectadores de diferentes culturas.
Além da narrativa, a qualidade técnica é um diferencial. A trilha sonora, composta por Gustavo Santaolalla, vencedor do Oscar, intensifica a atmosfera de tensão e melancolia. A fotografia, com tons frios que retratam a nevasca, cria um clima imersivo. A Netflix investiu pesado na produção, com um orçamento que permitiu efeitos especiais de alto nível, comparáveis a grandes blockbusters, segundo fontes do setor consultadas pelo Correo Braziliense.
Por fim, O Eternauta é mais que uma série de ficção científica: é uma celebração da cultura argentina e uma reflexão sobre a humanidade. Com seis episódios na primeira temporada, a produção deixa o público ansioso por uma continuação, já confirmada pela Netflix. Seja pela trama envolvente, pelo elenco estelar ou pela mensagem atemporal, a série é um convite irrecusável para quem busca entretenimento com profundidade.
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