A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou, na terça-feira (3), um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A solicitação, encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, foi motivada pela saída da parlamentar do Brasil, anunciada por ela mesma em entrevista a um canal no YouTube. Zambelli informou que deixou o país para realizar um tratamento de saúde e planeja permanecer na Europa, sem revelar o local exato. A deputada, condenada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023, também declarou que solicitará licença de seu mandato.
De acordo com a PGR, Zambelli é considerada foragida por ter deixado o Brasil após a condenação, que inclui crimes como invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A denúncia aponta que a deputada foi a autora intelectual da invasão, realizada pelo hacker Walter Delgatti, com o objetivo de emitir um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Além da prisão preventiva, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, requereu a inclusão do nome de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol, a suspensão de seu passaporte e o bloqueio de seus bens. “Não se trata de antecipação do cumprimento da pena aplicada à ré, mas de imposição de prisão cautelar, de natureza distinta da prisão definitiva, com o fim de assegurar a devida aplicação da lei penal”, afirmou Gonet no documento.
A condenação de Zambelli pelo STF, decidida por unanimidade pela Primeira Turma em maio de 2025, também determinou a perda de seu mandato parlamentar após o esgotamento de todos os recursos possíveis e o pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos, valor a ser dividido com Delgatti. A defesa da deputada apresentou recurso contra a decisão, alegando cerceamento de defesa e ausência de provas concretas, mas o pedido
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