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PF desarticula esquema bilionário de fraudes no INSS

CGU identificou irregularidades antes da ação da Polícia Federal; Operação Sem Desconto revela desvios de R$ 6,3 bilhões em benefícios previdenciários.

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sem Desconto para desarticular um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que resultou em prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A investigação revelou que entidades representativas de aposentados e pensionistas aplicavam descontos associativos não autorizados nos benefícios previdenciários.

Detalhes da Operação

A operação contou com a participação de aproximadamente 700 policiais federais e 80 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU). Foram cumpridos 211 mandados judiciais de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária em diversos estados brasileiros.

As investigações apontam que os descontos eram realizados sem o consentimento dos beneficiários, violando seus direitos e causando prejuízos financeiros significativos. Os envolvidos poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Consequências Administrativas

Como resultado das investigações, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por determinação da Justiça Federal. Outros seis servidores públicos também foram afastados de suas funções.

Repercussão e Medidas Corretivas

A CGU havia alertado o INSS sobre as irregularidades sete meses antes da operação, indicando que muitos aposentados desconheciam os descontos por não receberem extratos físicos de seus benefícios. O INSS afirmou que, na atual gestão, ações imediatas foram tomadas para corrigir as falhas identificadas.

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