
Celebrada em 2025 no dia 20 de abril, a Páscoa é uma das datas mais emblemáticas do calendário ocidental. Embora amplamente associada ao consumo de chocolate e à reunião familiar, sua origem é milenar e carrega significados profundos que transcendem religiões, culturas e tradições. Este domingo, mais do que feriado, é um convite à renovação — tanto espiritual quanto emocional.
No cristianismo, a Páscoa é considerada a celebração mais importante do ano litúrgico, marcando a ressurreição de Jesus Cristo no terceiro dia após sua crucificação, conforme os evangelhos do Novo Testamento. Ela encerra a Semana Santa, que inclui datas simbólicas como o Domingo de Ramos, a Quinta-feira Santa e a Sexta-feira da Paixão. A data é móvel (ou seja, não ocorre no mesmo dia todos os anos) e é determinada a partir do primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre após o equinócio de outono no hemisfério sul (ou de primavera, no hemisfério norte). Por isso, a Páscoa pode acontecer entre 22 de março e 25 de abril.
A origem da palavra “Páscoa” vem do hebraico Pessach, que significa “passagem”. Na tradição judaica, refere-se à libertação dos hebreus da escravidão no Egito. Essa ideia de transição (do cativeiro à liberdade, da morte à vida) é o fio condutor das diferentes interpretações da data ao longo dos séculos. Mesmo fora dos círculos religiosos, a Páscoa passou a representar um símbolo de recomeço e de superação, ressoando com quem busca uma oportunidade para refletir e mudar.
Culturalmente, os símbolos pascais também evoluíram. O coelho, associado à fertilidade e à renovação da vida, foi incorporado pelas tradições germânicas e, mais tarde, popularizado no mundo todo. Os ovos, inicialmente decorados com tintas naturais, tornaram-se presentes comuns na Páscoa moderna (hoje, majoritariamente feitos de chocolate). A indústria se adaptou ao imaginário coletivo, mas as raízes simbólicas permanecem: a vida que surge do ovo, a esperança que brota da escuridão.
Em 2025, enquanto o mundo enfrenta incertezas e transformações rápidas, o sentido da Páscoa se torna ainda mais relevante. Ela oferece um momento para desacelerar, olhar para dentro e buscar uma reconexão com o que é essencial. Para além dos doces, há um valor profundo: o da renovação constante (e pessoal).
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