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Incêndio na plataforma da Petrobras na Bacia de Campos deixa oito feridos

Na manhã de 21 de abril de 2025, um incêndio atingiu a plataforma Cherne 1 (PCH-1), operada pela Petrobras, localizada na Bacia de Campos, a cerca de 130 km da costa de Macaé, no Rio de Janeiro. O incidente, que ocorreu por volta das 7h25, resultou em pelo menos oito trabalhadores feridos, conforme informado pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). Equipes de emergência foram rapidamente mobilizadas, controlando as chamas, enquanto a Petrobras anunciou a formação de uma comissão para investigar as causas do acidente.

Um dos trabalhadores sofreu queimaduras leves após cair no mar durante o incidente. Ele foi resgatado por uma embarcação de apoio, recebeu atendimento médico inicial e foi transferido para um hospital em Macaé por aeronave. Segundo a Petrobras, o funcionário está consciente e seu estado de saúde é estável. A estatal destacou que “as pessoas que estão a bordo estão bem e as equipes não essenciais serão preventivamente desembarcadas para que a integridade das instalações seja avaliada”, conforme nota oficial divulgada.

O Sindipetro-NF relatou que os outros sete trabalhadores feridos também receberam atendimento médico e estão conscientes. O sindicato criticou as condições de segurança na plataforma, que está desativada desde 2020, mas seguia em operação para atividades de manutenção. Em nota, o Sindipetro-NF afirmou: “O sindicato informa que continuará acompanhando o caso de perto e indicará um diretor para compor a Comissão de Apuração do Acidente. Além disso, irá denunciar a ocorrência a todos os órgãos competentes, como a Marinha do Brasil, Agência Nacional do Petróleo (ANP), Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e demais entidades responsáveis pela fiscalização das condições de saúde e segurança na indústria do petróleo.”

A plataforma Cherne 1, embora gerida pela Petrobras, foi vendida à Perenco, uma empresa privada, mas ainda opera sob responsabilidade da estatal durante a transição. Posts encontrados no X indicaram que o incidente envolveu uma explosão seguida de incêndio, embora a Petrobras não tenha confirmado oficialmente a ocorrência de uma explosão. A estatal reforçou que as chamas foram controladas e que a prioridade é garantir a segurança dos trabalhadores e a integridade da plataforma.

O incidente reacende preocupações sobre a segurança nas operações offshore no Brasil, especialmente em plataformas antigas como a Cherne 1. A Bacia de Campos, uma das principais regiões produtoras de petróleo do país, já registrou outros acidentes, como o incêndio na plataforma P-48 em 2021, que também envolveu queimaduras leves em um trabalhador. A investigação em curso será crucial para esclarecer se falhas de manutenção, equipamentos obsoletos ou outros fatores contribuíram para o ocorrido.

A Petrobras informou que está prestando assistência aos feridos e suas famílias, além de colaborar com as autoridades para apurar o incidente. O Sindipetro-NF, por sua vez, prometeu pressionar por maior transparência e rigor na fiscalização das condições de trabalho. Enquanto a investigação avança, o caso destaca a necessidade de investimentos contínuos em segurança e modernização das infraestruturas petrolíferas para proteger os trabalhadores e evitar novos acidentes na indústria.

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