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Governo dos EUA veta entrada de Cristina Kirchner no país por corrupção

Nesta sexta-feira, 21 de março de 2025, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, declarou que a ex-presidente argentina Cristina Kirchner está banida de ingressar no território americano. A medida, justificada por seu suposto envolvimento em atos graves de corrupção enquanto ocupava cargos públicos, reflete a política de Washington contra figuras associadas a desvios financeiros. A decisão também se estende a outros nomes ligados a ela, ampliando o impacto da sanção.

Além de Cristina, o ex-ministro do Planejamento Julio Miguel De Vido e os filhos da ex-presidente, Máximo e Florencia Kirchner, foram igualmente incluídos na proibição, conforme reportado por veículos de imprensa da Argentina. A Embaixada dos EUA em Buenos Aires detalhou em comunicado que Cristina e De Vido teriam se aproveitado de suas posições para lucrar com esquemas de propina em contratos de infraestrutura, desviando milhões de dólares dos cofres públicos argentinos.

O anúncio destaca a acusação de que ambos arquitetaram e se beneficiaram de redes corruptas envolvendo obras públicas, conforme descrito no site oficial da embaixada. Cristina enfrenta processos judiciais no país, incluindo uma condenação em duas instâncias por corrupção, ao lado de De Vido, embora tenha recorrido à Suprema Corte argentina para reverter a decisão. As investigações apontam para um padrão de abuso de poder durante sua gestão.

A medida ocorre em um contexto político marcante: o atual presidente argentino, Javier Milei, opositor declarado de Kirchner, mantém uma relação de proximidade com o governo de Donald Trump. Esse alinhamento pode ter influenciado a decisão americana, que reforça a pressão sobre a ex-líder peronista e seu círculo. O veto de entrada nos EUA é mais um capítulo na conturbada trajetória política de Cristina Kirchner, agora também com repercussões internacionais.