O Farol Santander, originalmente chamado de Edifício Altino Arantes, tem uma história que começou a ser desenhada em 1939, quando o Banco do Estado de São Paulo (Banespa) decidiu erguer um marco arquitetônico no centro da cidade. Inaugurado em 27 de junho de 1947, após anos de construção interrompida pela Segunda Guerra Mundial, o prédio foi inspirado no Empire State Building e projetado por Plínio Botelho do Amaral, com detalhes internos de Camargo Freire. Por décadas, foi o mais alto de São Paulo, com 161 metros e 35 andares, até ser superado nos anos 60. Em 2018, reabriu como Farol Santander, um centro cultural que resgatou seu glamour sob a gestão do Santander, dono do imóvel desde a compra do Banespa em 2000.
Localizado na Rua João Brícola, 24, no coração do centro histórico de São Paulo, o Farol Santander fica a poucos passos da Praça da Sé e da estação São Bento do Metrô (Linha 1-Azul). Durante anos, foi um símbolo do poder econômico paulista, abrigando o Banespa e refletindo a pujança da cidade no pós-guerra. Hoje, sua função é cultural e turística, com exposições, um mirante no 26º andar que oferece vistas de 360 graus da metrópole, um café temático dos anos 20 e até uma pista de skate indoor – sim, skate num prédio histórico! É um ponto de conexão entre o passado glorioso e o presente vibrante da capital.
O Farol já foi apelidado de “prédio do Banespa” pelos paulistanos, e seu farol no topo, que dava o nome original, piscava em verde e vermelho até os anos 90 – dizem que era visível até de cidades vizinhas em noites claras. O edifício sobreviveu a um incêndio em 1947, logo após a inauguração, e já serviu de cenário para filmes como “O Pagador de Promessas” (1962). Outra pérola: há uma cápsula do tempo no 2º andar, selada em 2018 com itens da época, a ser aberta em 2068. Hoje, com ingressos a partir de R$ 30, atrai cerca de 10 mil visitantes por mês, provando que, em São Paulo, até um banco pode virar farol de cultura e histórias.
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