Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram cruzar os braços a partir do dia 25 de abril, conforme deliberado em uma assembleia realizada na tarde de sexta-feira (21) pela Apeoesp, o sindicato da categoria. A paralisação visa pressionar o governo de Tarcísio de Freitas a atender às demandas urgentes dos educadores, que vêm enfrentando condições desafiadoras no ambiente escolar. A decisão reflete o descontentamento acumulado com a falta de avanços em questões cruciais para a educação pública no estado.
Entre as principais exigências estão a recomposição do quadro de professores efetivos, essencial para suprir a carência de profissionais nas escolas, e o cumprimento do piso salarial, que muitos afirmam não estar sendo respeitado. Além disso, os docentes reivindicam a climatização das salas de aula, uma medida vista como indispensável para melhorar o ambiente de ensino e aprendizagem, especialmente em um contexto de mudanças climáticas. Essas demandas destacam a busca por valorização profissional e melhores condições de trabalho.
A assembleia, que reuniu professores na Praça da República, no centro da capital paulista, também serviu como um momento de organização para a mobilização. O sindicato planeja uma passeata até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, no dia 25 de abril, data escolhida para o início da greve. A expectativa é que o ato reforce a visibilidade das reivindicações e pressione as autoridades a abrir um diálogo efetivo com a categoria, que se sente negligenciada diante das promessas não cumpridas.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que busca soluções em parceria com outras pastas do governo, mas não detalhou medidas concretas para atender às demandas. Enquanto isso, os professores prometem manter a paralisação por tempo indeterminado, até que suas vozes sejam ouvidas. O movimento evidencia a tensão entre os educadores e o poder público, colocando em pauta a necessidade de investimentos e políticas que priorizem a educação no estado mais populoso do país.
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