A controversa autoria da canção “Dazed and Confused” reacendeu um embate jurídico envolvendo o músico Jake Holmes, o guitarrista Jimmy Page e, agora, a Sony Pictures. Holmes, que compôs a versão original da faixa em 1967, abriu um novo processo na Califórnia, acusando Page e a Sony de utilizarem a música sem os devidos créditos ou compensações no documentário Becoming Led Zeppelin, lançado em 2025. A ação alega que duas gravações ao vivo da canção foram incluídas no filme, com os responsáveis agindo como se os direitos pertencessem exclusivamente a Page.
A história da disputa remonta aos anos 1960, quando Holmes lançou “Dazed and Confused” em seu álbum The Above Ground Sound of Jake Holmes. Na época, ele chegou a abrir shows do The Yardbirds, banda em que Page atuava, que passou a tocar uma versão adaptada da música. Anos mais tarde, Page levou a faixa para o Led Zeppelin, que a incluiu em seu álbum de estreia, em 1969, creditando apenas o guitarrista como compositor, o que gerou desconforto e questionamentos por parte de Holmes.
Após décadas tentando resolver a questão amigavelmente, Holmes moveu uma ação em 2010, resultando em uma reedição do álbum do Led Zeppelin com a menção “inspirado por Jake Holmes”. Contudo, aos 85 anos, o compositor voltou à justiça, apontando que a Sony Pictures e Page usaram a música no documentário sem licenciamento. “Fingiram ter os direitos da composição”, afirmou Holmes, conforme reportado pelo site Classic Rock, destacando que taxas de uso foram cobradas como se a obra fosse de Page.
O novo processo reacende um debate antigo sobre apropriação e reconhecimento no rock, especialmente em torno de uma das faixas mais icônicas do Led Zeppelin. A inclusão da Sony Pictures no caso amplia a disputa, que agora envolve não apenas a autoria, mas também o uso comercial da música em produções audiovisuais. Enquanto a batalha judicial segue, a polêmica sobre “Dazed and Confused” continua a desafiar as narrativas de criação e propriedade no mundo da música.
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