O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido a uma cirurgia de grande porte no domingo, 13 de abril de 2025, no Hospital DF Star, em Brasília, para tratar uma obstrução intestinal decorrente de complicações de uma facada sofrida em 2018. O procedimento, que durou cerca de 12 horas, foi concluído com sucesso, segundo comunicado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A operação envolveu a liberação de aderências intestinais e a reconstrução da parede abdominal, sendo considerada a mais complexa entre as seis cirurgias abdominais realizadas por Bolsonaro desde o atentado.
A internação começou na sexta-feira, 11 de abril, quando Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais durante um evento do Partido Liberal (PL) no Rio Grande do Norte, em prol da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Inicialmente atendido em Natal, ele foi transferido para Brasília no sábado, em um avião equipado com UTI, por decisão de Michelle. “Cirurgia concluída com sucesso! Estou indo agora para a sala de extubação, onde poderei vê-lo. Em breve, os médicos darão uma coletiva com mais informações”, anunciou Michelle nas redes sociais por volta das 21h20 de domingo, expressando gratidão aos que oraram pelo ex-presidente.
O boletim médico, assinado por profissionais como o cirurgião Cláudio Birolini, informou que a obstrução resultava de uma dobra no intestino delgado, que impedia o trânsito intestinal. “A obstrução intestinal era resultante de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e que foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências”, detalhou o documento. Bolsonaro foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permanece estável, sem dor, recebendo suporte clínico, nutricional e medidas preventivas contra infecções. Uma coletiva de imprensa está marcada para segunda-feira, 14 de abril, às 9h, para atualizar o quadro.
A cirurgia, descrita como extensa devido às múltiplas intervenções anteriores no abdômen de Bolsonaro, não apresentou intercorrências nem exigiu transfusão de sangue. Apoiadores se reuniram em frente ao hospital, realizando orações ao longo do dia. O ex-presidente, que já passou por cinco cirurgias abdominais desde o atentado em Juiz de Fora (MG), enfrenta sequelas persistentes, como aderências que dificultam o funcionamento intestinal. A equipe médica e a família destacaram a gravidade do quadro, mas reforçaram a confiança na recuperação, enquanto Bolsonaro segue sob cuidados intensivos na capital federal.
Comente!