Geral

Bibliotecas comunitárias crescem e viram polos de resistência cultural

Iniciativa oferece acervo literário e atividades culturais para moradores locais.​

Em meio ao fechamento de livrarias e ao abandono de bibliotecas públicas, um movimento silencioso ganha força nas periferias do Brasil: o das bibliotecas comunitárias. Criadas por moradores, educadores e coletivos, essas iniciativas ocupam garagens, igrejas ou casas cedidas e promovem acesso gratuito à leitura e à cultura.

Segundo a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC), há mais de 130 dessas bibliotecas espalhadas por 13 estados. Em Salvador, por exemplo, a Biblioteca Caminhos da Leitura começou com uma estante e hoje tem mais de 3 mil livros, atendendo centenas de jovens por mês.

Esses espaços oferecem não só empréstimos de livros, mas também oficinas, rodas de leitura e encontros com autores. Apesar da falta de apoio oficial e da estrutura precária, seguem funcionando com doações, voluntariado e o apoio da própria comunidade.

Elas representam uma resistência ativa em áreas muitas vezes esquecidas pelo poder público, provando que o acesso à cultura pode — e deve — brotar de onde menos se espera.