Na tarde de 7 de março, a tranquilidade de uma padaria na Rua Simão Álvares, na Zona Oeste de São Paulo, foi estilhaçada por um assalto que parece ter saído de um roteiro de filme policial – mas sem o glamour de Hollywood. Um jovem de 20 anos, agora preso, é suspeito de abrir fogo contra um homem de 55 anos durante o crime, que foi capturado em detalhes por uma câmera de segurança. O vídeo mostra o caos: cerca de 15 clientes tomavam seus cafés quando o pesadelo começou, com socos, chutes e um tiro que fez o chão da padaria virar palco de uma correria desenfreada.
A Polícia Civil entrou em cena com força total, e na segunda-feira, 24 de março, os agentes da 14ª Delegacia de Polícia cumpriram um mandado de prisão temporária contra o atirador no bairro do Cambuci, bem no miolo da capital. Levado à delegacia, o jovem de 20 anos teve seu rosto reconhecido pela vítima, que sobreviveu ao ataque – um momento que deve ter sido tão tenso quanto o próprio assalto. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que outro envolvido, um adolescente de 14 anos, já tinha sido apreendido antes, provando que o crime organizado às vezes começa cedo demais.
O assalto, como mostram as imagens, foi uma coreografia desajeitada de violência e oportunismo. Primeiro, um dos criminosos entrou disfarçado de cliente, trocando palavras com um homem de 41 anos que mexia no celular – até que a conversa virou briga, com direito a trocação de golpes digna de luta de rua. Aí entrou o segundo bandido, armado e sem paciência, disparando contra a vítima mais velha, que desabou enquanto o pânico tomava conta. Uma mulher caiu na fuga, e o primeiro assaltante ainda teve tempo de garimpar celulares antes de desaparecer com o comparsa, deixando um rastro de medo e prejuízo.
A investigação não para por aí. O 14° DP segue na caça a um terceiro suspeito, um fantasma que ainda ronda as ruas de São Paulo e mantém a tensão no ar. A SSP garante que as diligências continuam, mas, enquanto isso, a padaria da Rua Simão Álvares virou mais do que um ponto de pão quentinho – é agora uma memória viva de como a violência pode transformar um dia comum em manchete. Para os moradores da Zona Oeste, resta a esperança de que a polícia feche o cerco e devolva a paz a quem só queria um café sem adrenalina extra.
Comente!