O jazz brasileiro perdeu um de seus pilares com o falecimento de Alcides Lima, o querido Cidão, no sábado, 12 de abril de 2025, aos 85 anos. Baterista e fundador da Traditional Jazz Band (TJB), ele deixou um legado imensurável na música nacional. A banda confirmou a notícia com uma nota de pesar nas redes sociais, expressando a dor de dizer adeus a um dos seus membros mais emblemáticos.
Nascido em Sorocaba (SP), em 7 de julho de 1940, Cidão descobriu sua paixão pela bateria aos 16 anos. Em 1964, em São Paulo, juntou-se a jovens universitários para criar a TJB, com a missão de reinterpretar o jazz clássico com um toque brasileiro. O grupo rapidamente se tornou um ícone, levando o som vibrante do jazz tradicional a palcos nacionais e internacionais, incluindo festivais renomados em New Orleans, Boston, Califórnia e Washington, além de países como Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai.
Ao longo de 61 anos com a TJB, Cidão marcou presença em centenas de shows e gravou 21 álbuns, além de contribuir para trilhas sonoras de filmes como *Eros*, *Eu, Amor Estranho Amor* e *Forever*, dirigidos por Walter Hugo Khouri. Sua energia no palco era inconfundível, assim como sua habilidade de unir técnica e emoção. Fora dele, era conhecido como “mestre sem cerimônias”, um apelido que refletia seu bom humor e generosidade, qualidades que conquistaram colegas e fãs.
A banda, em sua homenagem, declarou que Cidão foi “parte essencial da história do grupo, desde o início”, destacando seu talento, carisma e impacto afetivo. Ele deixa a esposa Vera Lúcia, três filhos e três netos. O velório está marcado para domingo, 13 de abril, das 8h às 14h, no Funeral Home, na Rua São Carlos do Pinhal, 376, Bela Vista, São Paulo, seguido de cremação no crematório da Vila Alpina. A música brasileira sente o vazio, mas o ritmo de Cidão ecoará para sempre.

Comente!