
Durante visita oficial à China nos dias 12 e 13 de maio de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja Lula da Silva participaram de compromissos diplomáticos com autoridades chinesas, incluindo o presidente Xi Jinping. A agenda teve como foco o fortalecimento das relações bilaterais, o estímulo ao comércio livre e a ampliação da cooperação estratégica entre os países.
A viagem resultou na assinatura de 20 acordos bilaterais, envolvendo cerca de R$ 27 bilhões em investimentos chineses no Brasil, especialmente nas áreas de infraestrutura, agricultura e tecnologia. Lula também participou do Fórum China-CELAC, ao lado dos presidentes da Colômbia e do Chile, reforçando a posição do Brasil como ator relevante nas relações entre América Latina e China.
No entanto, um episódio envolvendo Janja gerou repercussão. Durante um jantar oficial com Xi Jinping, a primeira-dama solicitou a palavra e manifestou preocupações em relação ao TikTok, plataforma de origem chinesa. Ela afirmou que o algoritmo da rede social estaria promovendo conteúdos nocivos, incluindo discursos de ódio e ataques a mulheres e crianças no Brasil. A intervenção, considerada uma quebra de protocolo diplomático, causou desconforto entre membros da comitiva brasileira.
O episódio teve ampla repercussão na imprensa e nas redes sociais, recebendo críticas de parlamentares da oposição. Janja rebateu as acusações, disse que suas falas foram distorcidas e atribuiu a polêmica a atitudes machistas e misóginas. O presidente Lula saiu em defesa da esposa, afirmando que ela tem conhecimento sobre questões digitais e que sua participação foi legítima. Ele também criticou o vazamento da conversa, classificando-o como um ato desleal dentro do próprio governo.
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