Nos últimos dias, a internet foi tomada por uma onda de tirinhas inspiradas na “Turma da Mônica”, geradas com o auxílio do ChatGPT, que rapidamente se tornaram um fenômeno nas redes sociais. A inteligência artificial, conhecida por sua capacidade de criar textos e, mais recentemente, imagens, tem sido utilizada para replicar o estilo dos quadrinhos de Mauricio de Sousa. No entanto, o que chama a atenção é o resultado: histórias muitas vezes absurdas e ilustrações que nem sempre fazem sentido, mas que, justamente por isso, têm arrancado risadas e gerado debates entre os internautas.
A tecnologia por trás dessas criações é impressionante, mas não perfeita. O ChatGPT consegue imitar a estrutura das tirinhas e os traços característicos dos personagens como Mônica, Cebolinha e Magali, mas falha ao tentar construir narrativas coerentes. Esse “defeito” acabou se transformando no grande charme das tirinhas virais, com situações nonsenses que divertem os fãs. Enquanto alguns celebram a criatividade inesperada da IA, outros questionam os limites éticos de usar a ferramenta para recriar obras consagradas, apontando possíveis violações de direitos autorais.
A polêmica não é nova. O uso do ChatGPT para gerar conteúdo inspirado em estilos famosos já havia sido discutido quando imagens no estilo do Studio Ghibli, estúdio japonês por trás de filmes como “A Viagem de Chihiro”, viralizaram anteriormente. No caso da “Turma da Mônica”, a discussão ganhou força nas redes, com usuários divididos entre o humor das criações e a preocupação com a propriedade intelectual. “Pedi pro ChatGPT criar uma tirinha da Turma da Mônica”, escreveu a usuária Natalina (@thewasabi666) no X em 4 de abril de 2025, compartilhando um exemplo que exemplifica o tom caótico e engraçado dessas produções.
Para quem quer se aventurar nesse universo, o processo é simples. Basta acessar o site do ChatGPT, fazer login ou criar uma conta, e inserir um comando como “crie a imagem de uma tirinha inspirada nos quadrinhos da Turma da Mônica”. Para algo mais específico, é possível detalhar o pedido, como “crie uma tirinha com o Chico Bento falando sobre o rio”. A facilidade de uso explica parte do sucesso, mas o verdadeiro destaque está na mistura de tecnologia e nostalgia, que transformou as imperfeições da IA em um novo tipo de entretenimento digital.
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