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A Ressurreição de Cristo: Mel Gibson prepara o retorno épico às telas

Mais de duas décadas após o impacto avassalador de A Paixão de Cristo, lançado em 2004, Mel Gibson está pronto para reacender a chama de sua visão bíblica com uma sequência que promete ser tão grandiosa quanto polêmica. Nesta quarta-feira, 26 de março de 2025, Manuela Cacciamani, diretora executiva dos estúdios Cinecittà, em Roma, revelou ao jornal Il Sole 24 Ore que Gibson já reservou o espaço para iniciar as filmagens de The Resurrection (A Ressurreição) a partir de agosto. O mesmo estúdio que abrigou o primeiro filme, junto à pitoresca comuna de Matera, no sul da Itália, será o palco dessa nova jornada, que também incluirá locações rurais como Ginosa, Gravina Laterza e Altamura. Jim Caviezel, o Jesus do original, está confirmado para retornar ao papel central.

O filme de 2004 não foi apenas um sucesso de bilheteria – com três indicações ao Oscar e apoio fervoroso de católicos e evangélicos – mas também um ímã de controvérsias, especialmente por acusações de antissemitismo que perseguem Gibson até hoje. The Resurrection, planejado há anos, pode se desdobrar em uma trilogia ou, pelo menos, em dois capítulos, segundo Caviezel, que já declarou que o projeto é ambicioso o suficiente para “resultar em uma trilogia ou em um par de lançamentos”. Gibson, por sua vez, adiantou em 2022 ao National Catholic Register que a narrativa não será uma linha reta: “A trama central, o futuro, o passado e outras dimensões” serão entrelaçados com toques de ficção científica, prometendo uma abordagem que ele mesmo chamou de “grandiosa” e “difícil”. O diretor parece determinado a evitar os estúdios tradicionais de Hollywood, mantendo o espírito independente que marcou o primeiro longa.

Atualmente, Gibson equilibra esse projeto com sua faceta política – ele é um “embaixador hollywoodiano” de Donald Trump ao lado de nomes como Jon Voight e Sylvester Stallone – e a promoção de Ameaça no Ar, thriller que chega ao Brasil em outubro e aos EUA em janeiro de 2026. Só depois disso ele mergulhará de cabeça nas filmagens italianas. “É uma história grandiosa, um conceito difícil, e tive que tomar muito tempo para encontrar um jeito digno de contá-la”, disse Gibson ao National Catholic Register, reforçando que o roteiro passou por anos de refinamento. Para os fãs do original e os curiosos pela nova visão, a espera está contada: agosto de 2025 marcará o início de uma produção que, como seu antecessor, deve dividir opiniões e lotar cinemas. Prepare a pipoca – e talvez uma oração.