Bill Gates, o ex-magnata da Microsoft que trocou os códigos por profecias tecnológicas, soltou uma bomba em entrevista ao apresentador Jimmy Fallon, da NBC: na próxima década, a inteligência artificial (IA) vai democratizar o conhecimento de médicos e professores de alto nível. Para o bilionário, o que hoje custa caro – como uma consulta com um especialista ou uma aula particular de qualidade – vai virar algo trivial, quase de graça, graças à IA. “Ótimos conselhos médicos, excelentes aulas particulares [ficarão disponíveis pela IA]”, disse ele, com a calma de quem já viu o futuro e não se assustou.
Mas nem tudo é um mar de bits e bytes cor-de-rosa. Gates reconhece que a IA é uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo em que promete tapar buracos na saúde e na educação – imagine resolver a falta de médicos ou terapeutas com um clique –, ela também joga interrogações no ar. “Como serão os empregos? Devemos trabalhar apenas dois ou três dias por semana?”, questionou ele, quase como um filósofo de Silicon Valley. A tecnologia pode ser a varinha mágica que resolve problemas trabalhistas, mas também nos obriga a repensar o que significa ter um emprego numa era de máquinas espertalhonas.
A conversa tomou um rumo quase sci-fi quando Fallon perguntou se os humanos ainda serão necessários no futuro. Gates, sem piscar, respondeu: “Não para a maioria das coisas”. É o tipo de frase que faz você olhar pro seu cachorro e pensar se ele também será substituído por um robô. Mas o bilionário logo amenizou: “Nós vamos decidir”. Ele aposta que algumas atividades, como assistir a um jogo de baseball, vão continuar sendo um território sagrado dos humanos – nada de computadores jogando bola, por favor! Cozinhar, mover coisas e outras tarefas práticas? Essas, sim, estão com os dias contados.
A visão de Gates é um misto de otimismo futurista e provocação. Ele enxerga um mundo onde a IA não só assume o volante, mas também nos deixa livres para escolher o que ainda queremos fazer com as próprias mãos. “Com o tempo, esses serão problemas basicamente resolvidos”, finalizou, falando de tarefas rotineiras que a tecnologia pode engolir. Seja como médicos virtuais ou professores digitais, a IA de Gates promete um futuro onde o conhecimento é de todos – mas deixa no ar a dúvida: e nós, o que vamos fazer com tanto tempo livre? Talvez aprender a jogar baseball com ele mesmo.
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