Grande São Paulo

Pinacoteca comemora 120 anos com um banquete de 18 exposições

A Pinacoteca do Estado de São Paulo abriu as portas para celebrar seus 120 anos de história, que serão completados em 24 de dezembro de 2025, com uma programação que é um verdadeiro presente para os amantes da arte. Desde sua fundação em 1905, na Praça da Luz, o museu se firmou como um farol da produção artística brasileira, e agora brinda o público com 18 exposições espalhadas por seus três edifícios: Pina Luz, Pina Estação e Pina Contemporânea. A festa começou em março de 2025, com mostras que vão de tesouros africanos a reflexões sobre o fim do mundo, provando que a Pina sabe misturar o local com o global sem perder o ritmo.

Entre as atrações já disponíveis, cinco exposições se destacam no prédio da Pina Luz. “Caipiras: das derrubadas à saudade” mergulha na figura do caipira na arte brasileira, tendo como ponto de partida a obra “O Caipira” (1883), de Almeida Júnior, e fica em cartaz até 31 de agosto. Já “Entre a cabeça e a terra: arte têxtil tradicional africana” traz tecidos raros do continente, muitos nunca vistos no Brasil, e pode ser visitada até 16 de novembro. Outras mostras abertas incluem “Era uma vez o mundo”, com 34 artistas pensando o início e o fim do planeta (até 16 de fevereiro de 2026), “Pinacoteca: Acervo”, que revisita o modernismo e o acervo do museu (até 30 de novembro), e “J. Cunha: corpo a corpo na Bahia”, uma retrospectiva do artista baiano que segue até 27 de julho. “É uma oportunidade única para ver obras que estavam guardadas ou que vieram de longe”, diz uma frequentadora animada.

A celebração não para por aí: até o fim de 2025, mais exposições serão inauguradas, como a da artista carioca Renata Lucas em maio e a individual de Marga Ledora em setembro, ambas prometendo agitar a Pina Luz. Na Pina Estação, “Esculturas: do objeto ao acontecimento” já está aberta desde setembro de 2024 e segue até 16 de fevereiro de 2026, com 40 peças que atravessam séculos. Enquanto isso, a Pina Contemporânea abriga “Haegue Yang: a cada passo, em ângulos retos”, da artista sul-coreana, até 25 de maio, e “Chão da Praça”, uma mostra fixa que dialoga com o entorno do museu. Com ingressos a R$ 30 (grátis aos sábados e até 31 de janeiro para usuários das linhas 4-Amarela e 5-Lilás do metrô), a Pinacoteca prova que seus 120 anos são só o começo de uma história que ainda tem muito a mostrar.