Um bombardeio realizado por forças israelenses na madrugada deste domingo (23) resultou na morte de Salah al-Bardaweel, uma figura importante do Hamas, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. De acordo com informações divulgadas pelo grupo palestino e confirmadas por moradores locais, o ataque aéreo também vitimou a esposa de Bardaweel, intensificando o clima de hostilidade na região. Até o momento, as autoridades de Israel não se pronunciaram oficialmente sobre a operação, deixando margem para especulações sobre os próximos passos do conflito.
O Hamas lamentou a perda de Bardaweel, que integrava o escritório político do grupo e tinha histórico de participação em negociações de trégua com Israel, como as de 2009, além de ter liderado o setor de mídia em 2005. Em comunicado, o movimento declarou que “o sangue de Bardaweel, de sua esposa e de outros mártires continuará a impulsionar a luta por libertação e independência”. A ofensiva ocorre em um momento delicado, menos de dois meses após um cessar-fogo firmado em janeiro entre Israel e o Hamas, evidenciando a fragilidade do acordo e reacendendo temores de uma nova onda de violência.
A escalada dos confrontos neste domingo não se limitou a Khan Younis. Explosões foram relatadas em várias áreas da Faixa de Gaza, incluindo o norte e o centro, com pelo menos 30 palestinos mortos em ataques a Rafah e Khan Younis, segundo fontes médicas locais. O Ministério da Saúde de Gaza informou que, desde o início da guerra, mais de 50 mil palestinos perderam a vida e 113 mil ficaram feridos. Enquanto isso, o Hamas acusa Israel de violar os termos do cessar-fogo ao se recusar a avançar nas negociações para o fim definitivo do conflito, embora sinalize disposição para dialogar, estudando propostas mediadas por enviados dos Estados Unidos. A situação humanitária no enclave segue crítica, com alertas sobre o risco iminente de fome, conforme apontado por autoridades internacionais.
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