O Museu de Arte de São Paulo (MASP) deu um passo significativo em sua história com a inauguração do seu novo anexo, batizado de Edifício Pietro Maria Bardi, em homenagem a um de seus fundadores. A inauguração ocorre em 28 de março de 2025, marcando a expansão do museu localizado na Avenida Paulista. Com 14 andares e uma área de 7.605 metros quadrados, o prédio foi projetado por Marcelo Ferraz e seu escritório, Brasil Arquitetura, e está conectado ao edifício principal por um túnel subterrâneo, reforçando a integração entre as estruturas.
A construção do anexo, iniciada em 2020 após a compra de um terreno vizinho onde funcionava uma concessionária, custou R$ 240 milhões, financiados exclusivamente por doações privadas. O novo espaço triplica a capacidade expositiva do MASP, passando de 1.100 m² para 3.360 m², e adiciona cinco novas galerias, além de áreas para oficinas, cursos, reserva técnica e um restaurante no topo com vista para o centro da cidade. A arquitetura mantém a identidade do museu, com destaque para o uso de concreto aparente e um elevador de vidro que dialoga com o icônico prédio original desenhado por Lina Bo Bardi.
O Edifício Pietro Maria Bardi não é apenas uma expansão física, mas um marco na missão do MASP de democratizar o acesso à arte. Durante a cerimônia de inauguração, que contou com a presença do governador Tarcísio de Freitas e outras autoridades, o diretor artístico Adriano Pedrosa destacou que o anexo permitirá ao museu ampliar sua programação e receber mais visitantes. A primeira exposição no novo espaço, “Povos Indígenas no Brasil 2020-2025”, com curadoria de Naine Terena, já está em cartaz, ocupando duas galerias e exibindo mais de 300 obras que exploram a cultura e os desafios dos povos originários.
A conexão entre o prédio histórico e o anexo simboliza a ponte entre o passado e o futuro do MASP. Além de aumentar o espaço expositivo, o novo edifício resolve questões práticas, como a necessidade de mais áreas para armazenamento e atividades educativas. Com entrada gratuita no dia da inauguração e uma média anual de 600 mil visitantes, o museu reforça seu papel como um dos principais centros culturais da América Latina, agora ainda mais preparado para cumprir sua missão de educar e inspirar por meio da arte.
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