O Centro Cultural São Paulo (CCSP), originalmente chamado de Centro Cultural Vergueiro, teve sua história iniciada na década de 1970, quando o terreno entre a Rua Vergueiro e a Avenida 23 de Maio foi cedido à prefeitura devido às desapropriações para a construção do metrô. Inicialmente, o Projeto Vergueiro, concebido em 1973 sob a gestão de Miguel Colassuono, previa um complexo de escritórios, hotéis, shopping e uma biblioteca pública, mas foi cancelado dois anos depois por Olavo Setúbal, restando apenas a ideia da biblioteca. O projeto atual, idealizado pelos arquitetos Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, começou a ser construído em 1978 e foi inaugurado em 1982, já como um espaço multidisciplinar inspirado no Centre Georges Pompidou, de Paris, consolidando-se como um dos primeiros centros culturais do tipo no Brasil.
Localizado na Rua Vergueiro, 1000, no bairro Paraíso, próximo às estações Vergueiro e Paraíso do metrô, o CCSP ocupa uma área de 46.500 m² e é um marco de acessibilidade e integração urbana. Sua importância reside em ser um espaço democrático que abriga bibliotecas – como a Sérgio Milliet, a segunda maior pública da cidade –, teatros, cinemas, exposições e acervos valiosos, como a Discoteca Oneyda Alvarenga e a coleção de Mário de Andrade. Sua arquitetura horizontal que privilegia a fluidez e os jardins suspensos, que oferecem vistas da cidade e contrastam com o ritmo urbano, além de ser um ponto de encontro para diversas “tribos” culturais, de dançarinos de k-pop a estudantes e artistas.
Atualmente, o CCSP segue como um polo cultural vital, oferecendo uma programação diversificada com música, teatro, cinema, oficinas e exposições, além de espaços como a Gibiteca Henfil e o Fab Lab Livre. Em 2024, o centro passou por uma reforma significativa, iniciada em junho, com previsão de término em março de 2025, o que pode alterar temporariamente sua rotina, mas reflete o compromisso com a manutenção do espaço. Sua função vai além da cultura, servindo como área de convívio, estudo e lazer, com entrada gratuita, reforçando seu papel como um refúgio acessível e inclusivo no coração de São Paulo.
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