Oficialmente chamada de Catedral Metropolitana de São Paulo, começou a ser construída em 1913, mas sua história está ligada ao crescimento da cidade. Substituiu uma igreja colonial do século XVI que marcava o coração do povoado de São Paulo de Piratininga. Projetada pelo engenheiro alemão Maximilian Emil Hehl, a obra só foi concluída em 1954, em estilo neogótico, com detalhes que remetem às catedrais europeias. Sua inauguração coincidiu com o quarto centenário da cidade, simbolizando a evolução de São Paulo de vila modesta a metrópole.
A importância da Catedral da Sé vai além da religião. Localizada na Praça da Sé, no centro histórico de São Paulo, ela é um marco arquitetônico e cultural, com capacidade para abrigar até 8 mil pessoas. Suas torres de 92 metros e o domo central impressionam, enquanto a cripta subterrânea guarda os restos mortais de figuras históricas, como o cacique Tibiriçá, um dos primeiros indígenas convertidos ao cristianismo na região. Além disso, a catedral abriga um dos maiores órgãos de tubos da América Latina, com quase 12 mil tubos, usado em celebrações e concertos.
A construção enfrentou atrasos por causa das duas guerras mundiais, que dificultaram a importação de materiais da Europa. Hoje, a Catedral da Sé segue como sede da Arquidiocese de São Paulo e ponto turístico essencial, mas também reflete os desafios do centro da cidade, como a degradação urbana ao seu redor. Recentemente, passou por restaurações para preservar sua estrutura e continua sendo palco de eventos religiosos e sociais, mantendo-se como um símbolo vivo da história paulistana.
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